sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bonsucesso

A época colonial

A área onde se integra o atual bairro, na época colonial estava compreendida no chamado Engenho da Pedra, cujas terras se estendiam até ao porto de Inhaúma, por onde era escoada a produção agrícola e de açúcar do recôncavo do Rio de Janeiro.

Em 1754, a dona das terras do engenho, Cecília Vieira de Bonsucesso, procedeu à reforma da capela de Santo António, que se erguia perto das instalações da moenda de cana-de-açúcar. A propriedade era conhecida, à época, como Engenho da Pedra de Bonsucesso.

A República velha

Ao final do século XIX, foi erguida uma capela em louvor a Nossa Senhora do Bonsucesso, num terreno no alto da rua Olga, doado por Adriano da Costa (1896). A imagem da santa foi desembarcada no porto e trazida em procissão solene, pelos fiéis, até ao novo santuário.

Por volta de 1914, o engenheiro Guilherme Maxwell, que adquirira as terras do antigo Engenho da Pedra, decidiu loteá-las e urbanizá-las. Sob influência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que nesse ínterim eclodira, decidiu batizar os logradouros que se abriam, com nomes que homenageassem os países aliados contra a Alemanha: a França, a Inglaterra, a Bélgica, a Itália e os Estados Unidos da América. Surgiram assim, respectivamente, a Praça das Nações e as avenidas Paris, Londres, Bruxelas, Roma e Nova Iorque.

Posteriormente, um membro da família Frontin, expandiu o bairro, loteando a área além da linha férrea da Leopoldina. Ainda sob influência da Primeira Guerra, abriu as ruas Clemenceau, marechal Foch e general Galieni. Saint-Hilaire e Humboldt, cientistas que exploraram o interior do Brasil no século XIX, também foram homenageados.

Praça das Nações

Reconhecida como logradouro em Outubro de 1918, foi construída em duas etapas:
a primeira, entre 1936-1937, sob a administração do então prefeito Pedro Ernesto.
a segunda, em 1948, sob a administração do então prefeito Mendes de Morais.
Em 1996 a praça foi inteiramente reformada, no âmbito do Projeto Rio Cidade, apresentando a atual configuração.

Os seus marcos mais expressivos são o Chafariz e o Monumento aos Expedicionários da Segunda Guerra Mundial.

O Chafariz, em ferro fundido, foi fabricado no Brasil, para a Exposição Nacional de 1908, pela Companhia Nacional de Fundição. É um conjunto composto por duas bacias, tendo ao centro uma coluna com diversos elementos ornamentais. No seu topo, uma figura feminina empunha um globo, para iluminar a praça.

O Monumento aos Expedicionários, uma homenagem dos moradores, tem o busto do marechal Mascarenhas de Morais, uma cena de combate e o nome dos pracinhas (apelido carinhoso dado aos combatentes brasileiros pela população à época do conflito) do bairro.

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