sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bondes


O primeiro bonde circula na cidade.

Rio de Janeiro, 1868, 9 de outubro
A 9 de outubro de 1868 - foi numa sexta-feira esse grande dia da cidade – correu às 10 horas da manhã o primeiro bonde de burro: da rua dos Latoeiros (a Gonçalves Dias de hoje) para o largo do Machado. Dom Pedro II e a Imperatriz viajaram no primeiro carro, puxado com os demais, por uma parelha. Lotação: 30 passageiros. Em 1890 havia 90 carros em circulação e 1.300 burros estavam a serviço da população. Três anos era a média de vida de um burro.
Circula na América do Sul o primeiro bonde elétrico

Rio de Janeiro, 1892, 8 de outubro
A Companhia Jardim Botânico importou dos Estados Unidos o material necessário, e "a 8 de outubro de 1892, informa C. J. Dunlop, à 1 hora da tarde, teve lugar a inauguração da tração elétrica na sinuosa linha do Flamengo.
Assistiram ao ato o vice-presidente da República em exercício da Presidência, marechal Floriano Peixoto, seu Estado-Maior, o ministro da Marinha, almirante Custódio José de Melo, deputados, os intendentes municipais Silveira Lobo, Abdon Milanez, Siqueira de Menezes e França Leite, representantes de diversas classes sociais e da imprensa, os diretores da Companhia, barão Ribeiro de Almeida, comendador Malvino Reis e barão de Santa Leocádia e o gerente dr. Coelho Cintra.

Os três carros elétricos, únicos que os recursos concedidos permitiram adquirir, partiram, pouco depois das 13 horas, da curva do antigo Teatro Lírico [no largo da Carioca], subiram a rampa da rua Senador Dantas, com as lotações excedidas e, sem dificuldade, deslizaram suavemente e sob os aplausos do povo, pela rua do Passeio, cais da Lapa, Russell e Flamengo e, doze minutos depois, entravam nas oficinas da Companhia na rua Dois de Dezembro" (In Apontamentos para a história dos bondes no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Gráfica Laemmert, 1953, p. 193).

"A corrente elétrica nenhum perigo oferece aos srs. passageiros", era o aviso afixado nos espaldares dos assentos dos bondes porque, informa Dunlop, havia gente que tinha medo de viajar no bonde elétrico.

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